Feira de Santana, BA, tem o maior centro de abastecimento do Norte e Nordeste.

A maior cidade do interior baiano é referência de comércio, educação e saúde para cerca de 70 cidades num raio de cem quilômetros.


 

 

A equipe do JN no Ar chegou, nesta quarta-feira, à penúltima cidade sorteada: Feira de Santana.

Bahia: 14,7 milhões habitantes vivem no estado mais populoso do Nordeste. “O que eu mais gosto do meu estado? Das festas, do carnaval, da alegria do povo baiano”, contou uma moradora.

É a primeira economia da região, fundamentada no setor de serviços. A renda média mensal de R$ 624 está abaixo da média nacional de R$ 1.003.

O acesso à rede de esgoto, 41%, é o segundo maior da região. A taxa de mortalidade infantil, 26,3, supera a média nacional, de 19,3. O índice de homicídios, 6,8%, também é maior que a média do país de 4,6%.

O mesmo acontece com o número de analfabetos. A Bahia tem 9,5 milhões de eleitores.

O repórter Ernesto Paglia falou, ao vivo, do Aeroporto Internacional de Salvador, com apoio técnico da TV Subaé de Feira de Santana e TV Bahia de Salvador. A cidade é a segunda maior do estado, maior do interior. Um importante pólo rodoviário, mais de 600 mil habitantes, uma economia vibrante.

Algumas empresas e características surpreendem nesta visita ao interior do Nordeste. Mas algumas carências já foram superadas por outras cidades deste porte.

Com a lua por testemunha, a equipe rompeu mais uma barreira nos céus. “Neste percurso para Salvador, estamos completando 50 mil quilômetros percorridos”, avisou o comandante.

Pousaram em Salvador e, nesta quarta-feira de manhã, mais 108 quilômetros de asfalto até a ‘Princesa do Sertão’.

Feira de Santana tem hino e símbolo. A escultura lembra as tropas de burro do passado.

Hoje, o cruzamento de estradas faz de Feira de Santana o mais importante entroncamento rodoviário do Nordeste. O anel do contorno vive congestionado.

A maior cidade do interior baiano tem o maior centro de abastecimento do Norte e Nordeste. É referência de comércio, educação e saúde para cerca de 70 cidades num raio de cem quilômetros.

O número de homicídios assusta: só neste ano, já aconteceram 294. O teatro e o centro de convenções esperam inacabados há quatro anos.

O shopping local vai crescer 30% e vai ganhar um hotel e um prédio comercial de 18 andares. As confecções representam um terço das indústrias. São 350 empresas, 7 mil empregos, e podiam ser mais. “As pessoas querem o trabalho, mas elas não estão preparadas para o trabalho”, explicou o empresário Luciano Portugal.

O museu de tecnologia tem um planetário moderníssimo. Com um ano e nove meses, já recebeu mais de 90 mil visitantes. Um monitor mostra as 160 antenas que oferecem internet de graça para 35 mil usuários da cidade.

O dono de transportadora Júlio Flávio Apolinário é, também, presidente do aeroclube, que não tem aeroporto onde voar. “O aeroporto foi interditado há um ano e oito meses aproximadamente por falta de segurança”, contou ele.

O pequeno terminal de passageiros já perdeu até os equipamentos básicos. Mas a maior ironia é que esta cidade sem aeroporto fabrica aviões!

Ao lado da pista desativada, o empresário Noé de Oliveira Souza monta pequenos aviões. Dois deles, projetados pelo próprio Seu Noé, que hoje está passando o negócio para o neto. “Já temos 20 aeronaves exportadas. Sendo que 16 estão nos Estados Unidos e quatro na Austrália”.

Mas a fábrica está ameaçada. A partir do ano que vem, nova regras vão proibir Seu Noé de produzir cinco dos seis modelos feitos na fábrica.

Convidado para levar a produção para os Estados Unidos ou para a Índia, o empresário de Feira de Santana diz que vai resistir. “Vou lutar para não sair do meu país. Vou fazer de tudo, vou correr atrás das autoridades que poderão reverter essa situação, para que eu possa ficar aqui”, contou ele.

Contrastes de uma cidade que cresceu e, hoje, mal cabe no verso dos repentistas.


(RIC) REGISTRO ÚNICO DE IDENTIDADE CIVIL

 

 

Cinco estados e o Distrito Federal foram escolhidos pelo Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil, coordenado pelo Ministério da Justiça, para participar do projeto-piloto de implantação do novo cartão que deve substituir as atuais cédulas de RG. Alagoas, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o DF serão os primeiros a receber os chamados cartões RIC.

O RIC é um número único de registro de identidade civil - disponível por meio de um cartão magnético com impressão digital e chip eletrônico - que substituirá gradualmente as cédulas de RG. Futuramente poderá agregar outros documentos, como o título de eleitor, CPF e PIS-Pasep em um só documento.

O cartão incluirá, obrigatoriamente, nome, sexo, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, impressão digital do indicador direito, o órgão emissor, local e data de expedição e de validade. Constará também um código conhecido como MRZ (sigla em inglês para zona de leitura mecânica), uma sequência de caracteres de três linhas que agiliza o processo de identificação da pessoa e das informações contidas no RIC.

Para armazenar e controlar o número único de registro de identidade civil e centralizar os dados de identificação de cada cidadão, o governo criou ainda o Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil.

O comitê já havia informado que o cartão vai substituir as cédulas de identidade a partir de dezembro. A troca do modelo deve ocorrer, gradualmente, ao longo de nove anos. Dois milhões de cartões devem ser emitidos no lançamento.

Com o novo modelo, o ministério espera padronizar o documento em todo o país e evitar fraudes.

 

(RIC) REGISTRO ÚNICO DE IDENTIDADE CIVIL

NOVO RG OU RIC